Centro Hospitalar de Leiria reforça alerta da gripe da Direção-Geral de Saúde
O Centro Hospitalar de Leiria alerta para os cuidados a ter na prevenção da gripe, tão frequente nesta altura do ano, reforçando as recomendações que têm sido salientadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS), para os cuidados e dicas que ajudam os utentes a prevenir a infeção e a evitar o contágio.
«Como foi já referido pela DGS, esperamos para esta estação uma gripe muito agressiva, e todos os cuidados serão poucos para, por um lado, prevenir a doença e, por outro lado, evitar o contágio e a sua propagação a outras pessoas, principalmente aquelas com a saúde mais frágil, ou com menos defesas, como os idosos ou as crianças», explica Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do CHL. «A DGS tem emitido uma série de recomendações que não é demais reafirmar, alertando os utentes para os cuidados que devem ter», salienta.
Antes de mais, a DGS alerta para a forma mais eficaz de prevenir a gripe, ou, pelo menos, casos mais severos, que é a vacinação anual, aconselhada especialmente às pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe: pessoas com 65 e mais anos de idade, principal-mente se residirem em instituições, e pessoas com mais de seis meses de idade que sofram de doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado, diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina), e outras doenças que diminuam a resistência às infeções. A vacinação deverá ser feita até ao final do ano, de forma a ser eficaz durante o período que se espera ser o pico gripal.
Importante também é o reforço das medidas de higiene das mãos, um dos principais passos para evitar a contaminação e o contágio. Esta medida, simples e muito eficaz, é aplicável ao público em geral e aos profissionais de saúde, e deve ser promovida por todos, em casa, no trabalho, nas instituições de saúde, nos serviços públicos, etc. É igualmente fundamental evitar o contacto com pessoas internadas, ou com pessoas com problemas respiratórios e, como sempre, evitar levar as crianças a visitar doentes internados no hospital.
Por outro lado, é fundamental, agora ainda de forma mais significativa, que haja racionalidade e prudência no recurso às urgências hospitalares. «Recorrer às urgências em situações não urgentes constitui, por si só, um risco elevado», alerta Helder Roque, explicando que, «se por um lado se está a promover a acumulação de pessoas nos serviços e a impedir o seu bom funcionamento, os utentes não urgentes que vão à urgência ficam expostos a doenças, como as gripes, por exemplo, correndo o risco de ser contagiados».
Caso precise de ser visto por um profissional de saúde, e se não souber como deve proceder, antes de sair de casa o utente deve contactar, por telefone, a Linha Saúde 24 através do número 808 24 24 24, para se aconselhar antes de se deslocar à urgência do hospital – em caso de necessidade será devidamente encaminhado. Em alternativa e, em caso de necessidade, deve dirigir-se em primeiro lugar ao seu médico de família no Centro de Saúde, ou ao seu médico assistente, e, caso não tenha sido possível ser observado pelo seu médico, deve recorrer à Consulta Aberta do seu Centro de Saúde ou ao Serviço de Atendimento Prolongado. «Evite sobrecarregar os Serviços de Urgência, destinados a tratar os casos graves», alerta Helder Roque.
Como informa a DGS no seu microsite sobre a gripe, no adulto esta doença manifesta-se pelo início súbito de mal-¬estar, febre alta, dores musculares e arti¬culares, dores de cabeça e tosse seca, podendo também ocorrer inflamação dos olhos. Nas crianças, os sintomas dependem da idade: nos bebés, a febre e prostração são as manifes¬tações mais comuns, e os sintomas gastrintesti¬nais (náuseas, vómitos, diarreia) e respiratórios (laringite, bronquiolite) são também frequentes; a otite média pode ser uma complicação frequente no grupo etário até aos três anos; e na criança maior os sintomas são seme¬lhantes aos do adulto.
Para os utentes que estejam doentes, é importante que permaneçam em casa, em repouso, não se agasalhem demasiado, e bebam muitos líquidos, como água e sumos de fruta. Se viverem sozinhos, especialmente se forem idosos, devem pedir a alguém que lhes telefone regular¬mente para saber como estão. É importante medir a temperatura ao longo do dia, e em caso de febre, podem tomar paracetamol, tendo em atenção que as grávidas ou mulheres a amamentar não devem tomar medicamentos sem falar com o seu médico. O soro fisiológico é uma boa ajuda para a obstrução nasal, e, acima de tudo, não tome antibióticos sem recomendação médica – estes não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas, nem aceleram a cura.
O CHL recorda que a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) está disponível para esclarecer as dúvidas dos utentes, e encaminhá-los se necessário, 24 horas por dia, todos os dias.