CHL atualiza plano de contingência de saúde sazonal para Outono/Inverno 2022-2023

Estratégias para prevenir as doenças sazonais, como as infeções respiratórias
 

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria tem vindo a tomar várias medidas para preparar e responder à estação do ano que se aproxima, atualizando o seu plano de contingência de saúde sazonal, relativa ao Outono/Inverno 2022-23, em que define uma estratégia para a resposta adequada aos utentes e profissionais, no que diz respeito ao risco sazonal, e ainda à Covid-19.
 
As principais medidas incluem a finalização do programa de vacinação de todos os profissionais do CHL para os vírus da gripe sazonal e do reforço da vacinação da Covid-19, iniciado em outubro; o acompanhamento da evolução epidemiológica dos casos de Covid-19 e seus contactos dentro da instituição e na sua área geográfica de influência; o reforço da articulação com os cuidados de saúde primários, incluindo o encaminhamento de situações não urgentes; o estímulo à expansão da hospitalização domiciliária e reativação dos circuitos para avaliação pré-operatória para cirurgia eletiva e de ambulatório.
 
O plano de contingência de saúde sazonal comporta ainda duas fases de implementação: a fase 1, em que a procura dos serviços é ligeira a moderada e permite a coexistência da atividade assistencial não Covid, mantendo-se toda a atividade assistencial nas várias instituições do CHL (Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira, Hospital de Santo André e Hospital Distrital de Pombal), com áreas de internamento específicas para doentes com infeção por Covid-19 no Hospital de Santo André; e a fase 2, para dar resposta a uma pressão mais elevada e muito elevada, onde serão reorganizados os serviços de internamento das instituições do CHL para expansão de áreas de internamento dedicadas a doentes infetados com Covid-19 no HSA, com redução da atividade assistencial programada, sendo ativado um grupo de gestão de crise, em articulação com o Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho e o Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA).
 
O documento do CHL engloba a questão da sobrecarga dos Serviços de Urgência, considerando que, de forma a uma maximização da resposta da rede hospitalar, os doentes triados como “pouco urgentes” e “não urgentes” sejam encaminhados para a rede de cuidados primários, de acordo com a sua capacidade de resposta.
 
Além do plano de contingência Outono/Inverno do CHL, estão igualmente a ser consideradas as medidas anunciadas recentemente pelo Ministério da Saúde contidas no Plano Estratégico para a Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023, que visa preparar e responder perante a continuidade e previsível intensificação da transmissão do vírus SARS-CoV-2, bem como as restantes infeções nas crianças e nos adultos durante o Inverno, como a gripe e outros vírus respiratórios.
 
O Plano define ainda como medidas preventivas e de contenção “manter a obrigatoriedade do uso de máscaras nos serviços de Saúde; recomendar o uso de máscaras pelas pessoas com sintomas sugestivos de infeções respiratórias, assim como em ambientes fechados nos períodos de maior incidência de infeções respiratórias na comunidade; recomendar a redução voluntária de contactos sociais perante sintomatologia sugestiva de infeções respiratórias; promover a ventilação adequada de espaços fechados; e reforçar a prevenção e controlo de infeções multirresistentes associadas aos cuidados de saúde”.
 
«Prevê-se a intensificação da transmissão do SARS-CoV-2 nos próximos meses, bem como a hipótese de surgirem novas estirpes do vírus, pelo que é preciso continuarmos atentos e não baixar a guarda. Quanto às infeções respiratórias, víricas e bacterianas, já se denota nos nossos registos que chegaram mais cedo, com uma maior incidência quer em crianças, quer em adultos. É, portanto, fundamental que cada um de nós assegure o seu autocuidado e recorra ao médico de família ou assistente para as situações não urgentes», recomenda Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL.
 
O plano do Ministério da Saúde ainda inclui a otimização da articulação e da resposta da Linha SNS 24, dos cuidados de saúde primários, com a ativação de unidades com horários alargados e consultas complementares, e dos serviços de Urgência Hospitalar, de acordo com a monitorização da procura.
 
«Os procedimentos e estratégias estão continuamente a ser revistos e adaptados ao período sazonal do ano e à evolução epidemiológica, dado que ainda não foi anunciado o fim da pandemia. Os profissionais do CHL vão continuar a prestar todos os níveis de cuidados à comunidade que serve, tentando sempre gerir e articular da forma mais eficiente a sua rede, com os ajustes necessários nas suas estruturas», destaca Licínio de Carvalho. «Mas importa sublinhar que também cabe ao cidadão saber usar do melhor modo os meios disponíveis e aceder de forma adequada aos cuidados de saúde existentes, para o funcionamento mais eficiente dos serviços de saúde, sejam primários, hospitalares ou continuados.»
 
5 de dezembro de 2022.