Tutela reconhece a diferenciação, experiência e capacidade deste Centro Hospitalar

O Centro Hospitalar de Leiria é oficialmente Centro de Referência para a Área de Oncologia de Adultos – Centro Hepatobilio-pancreático e Reto. O Ministério da Saúde reconhece assim a diferenciação, a experiência e a capacidade técnica e tecnológica do CHL, no tratamento do cancro do reto e do cancro hepatobilio-pancreático (fígado - vesícula - pâncreas), tendo a Comissão Nacional para os Centros de Referência apontado a «experiência qualitativa notável a todos os níveis» deste Centro Hospitalar e atribuído este duplo reconhecimento.

Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do CHL, congratula-se com esta decisão, que considera «justa, devido ao investimento do CHL na melhoria contínua, de um modo geral já reconhecida pela Joint Commission International, que acreditou as nossas três unidades hospitalares, ao esforço conjunto dos nossos profissionais, e aos resultados qualitativos que temos alcançado nestas áreas oncológicas em concreto».

A candidatura, apresentada à Comissão Nacional para os Centros de Referência, que posteriormente recomenda as unidades candidatas à tutela, resulta de um trabalho conjunto e abrange os Serviços de Cirurgia I e II do CHL. O reconhecimento como Centro de Referência implica o cumprimento de uma série de critérios, como por exemplo a formação e experiência dos profissionais, volume de casos, tecnologia para diagnóstico e tratamento, sucesso das intervenções cirúrgicas, etc.

Além da certificação internacional de qualidade em saúde, atribuída pela Joint Commission International, o CHL é um centro de formação de cirurgiões desde 1985, que recebe alunos das Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, e possui ainda um Centro de Investigação próprio.

Acresce que, explica Vitor Faria, diretor do Serviço de Cirurgia I, o CHL «tem registado nos últimos anos um aumento de novos casos de tumores nestas áreas, e consequentemente de doentes operados, num crescimento sustentado e com resultados positivos, pelo que a nossa competência nestas áreas foi crescendo e esta candidatura fazia todo o sentido».

Também o diretor do Serviço de Cirurgia II, Miguel Coelho dos Santos, considera adequada a ambição de ser Centro de Referência nacional, esclarecendo que «Desde 2013 que existem grupos de dedicação a patologias específicas, com sinergias entre os dois serviços cirúrgicas. A existência de cirurgiões que trabalham para determinadas áreas mais diferenciadas permite responder aos critérios internacionais sugeridos para estes grupos de cirurgias. Além disso, os meios e as condições técnicas e tecnológicas foram garantidas de forma a corresponder a esta diferenciação de ambos os serviços cirúrgicos e ao grau de dificuldade e grande complexidade das situações clínicas a tratar».

O CHL fez nos últimos anos diversos investimentos nestas áreas, para dar resposta ao volume de casos e de intervenções cirúrgicas ao cancro hepatobilio-pancreático e reto, nomeadamente a formação específica de profissionais e aquisição de equipamento, entre outros.

Como explica o portal do Serviço Nacional de Saúde, é Centro de Referência o Serviço, Departamento ou Unidade de Saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de excelente qualidade em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e tecnológicos altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da doença, à complexidade no seu diagnóstico ou tratamento e/ou aos custos elevados da mesma, sendo capaz de conduzir formação pós-graduada e investigação científica nas respetivas área médicas.

«Este duplo reconhecimento é especialmente importante para os nossos profissionais, cada vez mais especializados e com formação específica em áreas fundamentais da medicina e do tratamento de patologias com elevada complexidade, e uma grande mais-valia para toda a comunidade, tendo em conta que verifica e oficializa a excelência dos cuidados prestados enquanto Centro de referência nestas duas áreas», refere ainda Helder Roque.