CHL e Politécnico de Leiria recebem financiamento para prevenção das lesões da cartilagem
Projeto inovador com forte componente tecnológica para tratar e prevenir a osteoartrite
O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Portugal 2020 aprovou o projeto de investigação conjunto do Centro Hospitalar de Leiria e do Politécnico de Leiria para a prevenção e tratamento de lesões da cartilagem/degeneração articular. Com forte componente tecnológica, com engenharia aplicada à saúde, o 2Bio4Cartilage envolve os serviços de Ortopedia 1 e 2 e o Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Leiria (CI/CHL) e o Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria (CDRSP/IPLeiria), num total de nove investigadores, que trabalharão para tratar e prevenir a osteoartrite, um problema com grande prevalência.
O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Portugal 2020 aprovou o projeto de investigação conjunto do Centro Hospitalar de Leiria e do Politécnico de Leiria para a prevenção e tratamento de lesões da cartilagem/degeneração articular. Com forte componente tecnológica, com engenharia aplicada à saúde, o 2Bio4Cartilage envolve os serviços de Ortopedia 1 e 2 e o Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Leiria (CI/CHL) e o Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria (CDRSP/IPLeiria), num total de nove investigadores, que trabalharão para tratar e prevenir a osteoartrite, um problema com grande prevalência.
O projeto inclui um programa de intervenção integrado para prevenção e tratamento de lesões da cartilagem e uma abordagem multidisciplinar ao problema da degeneração articular, e é composto por um programa de exercício físico para redução da dor e aumento da independência funcional dos doentes, e a otimização da engenharia de biomateriais e bioprocessos para próteses articulares mais adequadas. O 2Bio4Cartilage tem ainda como objetivo geral a sensibilização do público para o problema da degeneração articular.
João Morais, coordenador do Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Leiria, mostra-se muito satisfeito, destacando que no total «são cinco os projetos em consórcio com o Politécnico de Leiria aprovados, estando ainda em apreciação projetos conjuntos com outras entidades, um passo importante para a afirmação do CHL como entidade não empresarial do sistema de I&D». «Este estatuto permite-nos desenvolver investigação focada nas necessidades da nossa população, com impacto direto a nível regional e nos nossos utentes», explica.
A osteoartrite é uma condição crónica que afeta mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo, e tem um impacto significativo nos cuidados de saúde e na sociedade. Segundo o estudo Global Burden of Disease, da Organização Mundial da Saúde, a osteoartrite do joelho é a 11.ª principal causa de deficiência e mostra uma tendência crescente. A osteoartrite pode danificar qualquer articulação no corpo humano, e é mais comum nas articulações da anca, joelhos, mãos e coluna vertebral. Todos os anos mais de 50 milhões de pessoas recorrem ao médico por causa de dor nas articulações, metade deles com problemas ao nível da cartilagem articular.
Pedro Morouço, investigador do CDRSP/IPLeiria que lidera o projeto na área da engenharia, explica a emergência de projetos como o 2Bio4Cartilage: «As doenças relacionadas com a cartilagem estão na lista de principais preocupações da OMS, assumindo-se a prevenção da degeneração da cartilagem articular como uma importante questão de saúde para a qual existem poucas soluções eficazes. Para esta condição, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, contribuem fatores como o envelhecimento, a obesidade, deficiências nutricionais e a inatividade física, problemas primários para a sociedade Portuguesa, e que estão diretamente associados a grande número de doenças reumáticas. É obrigatório ter perspetivas e abordagens de intervenção integrada multidisciplinares, e é por isso que o 2Bio4cartilage envolve as dimensões de prevenção e tratamento».
«O facto de incidir não só no desenvolvimento de uma solução de tratamento mas também na prevenção da doença, além da experiência e âmbito das entidades envolvidas, conferiu ao projeto um elevado nível de excelência, que lhe valeu uma classificação de 4.79, em cinco», explica Pedro Morouço.
O projeto liderado pelo Politécnico de Leiria arranca já em setembro, envolvendo, além do CHL, os Politécnicos de Coimbra e Santarém. Terá a duração de 18 meses e financiamento do Portugal 2020 na ordem dos 150 mil euros.
7 de agosto de 2017