Hospital de Santo André prepara-se para a visita do Papa Francisco a Fátima

Direção Clínica alerta para a necessidade de usar os serviços de urgência de forma correta

O Hospital de Santo André, unidade de Leiria do Centro Hospitalar de Leiria, está preparado para integrar a grande operação que rodeia a visita do Papa Francisco a Fátima, nos próximos dias 12 e 13 de maio. «Sendo o hospital mais próximo de Fátima, temos, naturalmente, de estar preparados para qualquer acontecimento que possa trazer doentes aos nossos serviços de urgência», explica Elisabete Valente, diretora clínica do CHL, alertando que «neste contexto, e especialmente nestes dias, é essencial que os nossos utentes usem de forma correta as urgências, nomeadamente a Urgência Geral e a Urgência Pediátrica, de forma a não congestionar desnecessariamente os serviços, prejudicando o atendimento a casos realmente urgentes».
 
Alexandra Borges, vogal do Conselho de Administração responsável pela coordenação do plano de emergência e catástrofe do HSA, recorda que «este é um plano que funciona a tempo inteiro, naturalmente, mas foi revisto e adaptado para a vinda do Papa Francisco a Fátima, de forma a poder assegurar a resposta eficiente a qualquer eventualidade». «No entanto», explica, «uma situação de crise implica sempre a grande concentração de meios humanos e materiais, e uma enorme organização, só possível com a colaboração de todos, profissionais e utentes, que devem evitar dirigir-se aos serviços de urgência pelos seus próprios meios».
 
Elisabete Valente recorda que o mau uso das urgências é ainda uma realidade, com mais de 40% de utentes não urgentes, e revelam que ainda há muito a fazer no que respeita à sensibilização dos utentes e de todos os profissionais envolvidos na rede nacional de cuidados de saúde, para a correta utilização das urgências hospitalares». «Um acontecimento mais grave durante a vinda do Papa Francisco pode implicar o encerramento parcial da Urgência Geral, pelo que é essencial que as pessoas estejam preparadas para, em caso de necessidade, usarem a primeira linha dos cuidados de saúde, que passam pelo contacto com a Linha Saúde 24 e o recurso ao centro de saúde/médico de família», afirma a diretora clínica. 
 
A diretora clínica explica que «a rede de referenciação de doentes está claramente definida a nível nacional, e inclui todos os prestadores de cuidados de saúde – os utentes, os profissionais de saúde, os cuidadores, os meios de socorro, etc. – em todos os níveis, com uma hierarquia clara tendo em conta a urgência das situações, e os meios de socorro, como os bombeiros e o INEM, encaminharão todas as situações que necessitarem de atendimento hospitalar.
 
O que fazer?
Nos serviços de urgência, terão prioridade as emergências, ou seja, situações em que a vida do utente corra perigo (acidentes significativos, intoxicação, convulsões, etc.), as doenças súbitas (dor aguda, grande traumatismo, hemorragias, queimaduras, etc.), e os doentes referenciados (portadores de carta com pedido de observação efetuado pelo médico de família/assistente).
 
Se não souber como deve proceder, o utente deve, antes de sair de casa contactar, por telefone, a Linha Saúde 24 através do número 808 24 24 24, para se aconselhar antes de se deslocar à urgência do hospital – se for necessário, o utente será devidamente encaminhado. Se precisar de ser visto por um profissional de saúde, o utente deve dirigir-se em primeiro lugar ao seu médico de família, no centro de saúde, ou ao seu médico assistente; caso não tenha sido possível ser observado pelo seu médico, deve recorrer à Consulta Aberta do seu centro de saúde, ou ao Serviço de Atendimento Prolongado (SAP).

10 de maio de 2017