«Com pouco temos feito sempre muito, e isso deve-se ao empenho dos nossos profissionais» - Helder Roque
«Com pouco temos feito sempre muito, e isso deve-se ao empenho dos nossos profissionais», salientou Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria, no balanço da apresentação dos resultados do segundo inquérito de satisfação dos profissionais, relativo a 2013, pela primeira vez aplicado às três unidades – Leiria, Pombal e Alcobaça. «Nós somos verdadeiramente diferentes, e isso ficou refletido nas respostas ao inquérito, que, muito embora nos deem indicadores positivos importantes, dão-nos também informação fundamental sobre o que devemos melhorar e mudar, porque ninguém duvida que temos capacidade de fazer melhor», explicou Helder Roque.
«Num ano especialmente difícil como o de 2013, com uma conjuntura adversa, os resultados são surpreendentes», referiu Amália Pereira, membro da Comissão da Qualidade e Segurança do CHL. «Por um lado tivemos um incremento muito grande no número de respostas, de 20% em 2012 para 35% em 2013, o que demonstra uma grande vontade de participar e de se fazer ouvir; por outro lado, aplicámos o mesmo inquérito, de forma a ter dados comparáveis, nas três unidades, e tivemos 91% de pessoas que responderam que gostam de trabalhar neste Centro Hospitalar, o que não pode deixar de ser um motivo de orgulho», realçou.
Esta participação das três unidades foi igualmente realçada por Bilhota Xavier, presidente da Comissão da Qualidade do CHL, que revelou que «tem sido um grande prazer ver o entusiasmo e o envolvimento das pessoas no processo de mudança, a que não tem sido alheia também a abertura do Conselho de Administração ao diálogo com todos os profissionais». Bilhota Xavier diria mais, como forma de explicar o objetivo do inquérito e o empenho de todos nos processos de melhoria, afirmando que «queremos passar a ser um centro hospitalar “Google”, o melhor centro hospitalar para trabalhar!”».
As fragilidades identificadas foram apontadas por todos como oportunidades de fazer melhor, num contexto que não tem, nos últimos anos, favorecido as instituições e os profissionais. Helder Roque fez o balanço de 2013 salientando que estiveram em destaque a falta de meios e de recursos humanos, com medidas externas ao CHL que condicionaram a sua atuação, e um desaceleramento em relação ao crescimento que vinha sendo conseguido. Estas fragilidades têm consequências ao nível do funcionamento da Instituição e, por conseguinte, também na resposta aos profissionais e utentes.
«Estamos na primeira liga dos hospitais, e já somos centro hospitalar», relembrou o presidente do Conselho de Administração, «somos pessoas diferentes, temos um potencial que nos deve motivar individualmente, temos confiança, temos entusiasmo, somos perseverantes e resilientes, por isso as mudanças necessárias são para assumir e realizar».
O inquérito de satisfação aos profissionais do CHL foi realizado em 2013 nos três hospitais – Leiria, Pombal e Alcobaça – e foi respondido por 602 dos 1702 profissionais. Todos os grupos profissionais foram envolvidos neste questionário, entre assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos superiores, enfermeiros, médicos e técnicos de diagnóstico e terapêutica.
Foram analisados o grau de satisfação individual/pessoal, a “satisfação face ao desempenho global da organização”, a “satisfação com a gestão e sistemas de melhoria”, a “satisfação com as condições de trabalho”, e a “satisfação com as condições de higiene, segurança, instalações e equipamentos”, entre outras dimensões e indicadores, nomeadamente a comparação com o inquérito anterior – este referente a 2012 e aplicado apenas ao Hospital de Santo André, em Leiria.
O grau de satisfação individual analisou perguntas de resposta direta, “Sim” e “Não”, e apurou que 91% das pessoas gosta de trabalhar no CHL; 84% veste a “camisola” do CHL; 75% sentem-se orgulhosos com o papel do CHL na comunidade; 73% estão envolvidas no processo de melhoria do Centro Hospitalar; entre outros aspetos considerados relevantes para a motivação dos profissionais no exercício das suas funções.
No que respeita à “satisfação face ao desempenho global da organização”, destacam-se como muito positivos o papel do CHL na comunidade, o envolvimento dos profissionais no cumprimento da missão do Hospital e a perceção do envolvimento dos profissionais nos processos de melhoria contínua, e como pontos a melhorar os Mecanismos de consulta e diálogo entre profissionais e gestores e o Envolvimento dos profissionais nos processos de tomada de decisão. Já na “satisfação com a gestão e sistemas de melhoria”, foram considerados pontos fortes a liderança na condução da organização, o modelo de comunicação interno da organização, a postura face à mudança e à modernização, e a fixação de objetivos individuais e de equipa; sendo as sugestões de melhoria a avaliação de desempenho, e a recompensa dos esforços individuais e de equipa e do mérito.
Na dimensão de “satisfação face às condições de trabalho”, os profissionais consideraram positivos aspetos como o ambiente de trabalho, o grau de responsabilidade atribuído, a resolução de conflitos em equipa e a igualdade de tratamento na organização, apontando com pontos a melhorar a disponibilidade do tempo necessário para a realização de tarefas, a igualdade de oportunidades na evolução profissional, o horário de trabalho e a conciliação do trabalho com a vida familiar e assuntos pessoais. Já na vertente de “satisfação com as condições de higiene, segurança, instalações e equipamentos”, os colaboradores apontaram como pontos fortes a higiene, a segurança, as instalações, os equipamentos e o acesso, e menos positivos o fardamento, a alimentação, os equipamentos informáticos e os programas informáticos.