«O dia é de todos nós que damos corpo e alma ao HSA, por onde passam milhares de doentes por ano, mais de 200 mil urgências, 290 mil consultas, 25 mil internamentos e tantos mais contactos com a nossa organização», felicitou Licínio de Carvalho, vogal executivo do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria, na cerimónia que assinalou o Dia do Hospital de Santo André, e que decorreu no dia 23 de abril. 

 

Após o momento musical interpretado pela Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP), Licínio de Carvalho agradeceu a todos os colaboradores que «cumprem um papel absolutamente crítico e decisivo na nossa região». 

 

O vogal do CA do CHL agradeceu também à Câmara Municipal de Leiria e ao Politécnico de Leiria, «por serem duas das principais entidades regionais que muito nos têm ajudado no projeto de crescimento e de diferenciação do CHL, a par de outras que têm tornado possível, a Leiria e toda a sua região, continuar a poder orgulhar-se de ter disponível um bom “hospital”, não obstantes as carências com que nos debatemos em pessoal e financiamento, para viabilizar a melhoria da resposta que procuramos dar aos nossos doentes».

 

Licínio de Carvalho frisou a existência de uma estratégia definida, e a recuperação da trajetória de sucesso que caracteriza o CHL. «Estamos confiantes que vamos recuperar os níveis de investimento que desejamos, concretizando projetos absolutamente essenciais para honrarmos o nosso compromisso com os nossos utentes. Entre outros, a Unidade de Paliativos, a Unidade de Convalescença, a restruturação do Serviço de Medicina Física e Reabilitação, a alteração estrutural da nossa capacidade cirúrgica convencional e ambulatória, a expansão do Serviço de Urgência Geral, da Consulta Externa e do Hospital de Dia, entre muitos outros projetos e ações», revelou o vogal executivo do CA do CHL.

 

Maria José Pedrosa, assistente graduada sénior de Medicina Interna no CHL, foi a oradora convidada da conferência solene, que dividiu em três pontos de destaque, começando por falar de metas. «Trabalhamos numa instituição com características especiais, procurada para a melhoria da saúde da população, onde prestamos assistência direta ao doente. Devemos ajudar o outro quando se encontra na sua máxima fragilidade, e realizarmo-nos profissionalmente ao serviço dos outros». 
 

A capacidade de superação e de perseverança foi o segundo ponto, em que a Maria José Pedrosa salientou as várias histórias de superação que marcam cada um dos profissionais, desde diagnósticos difíceis, horas intensas de salvamento de vidas, ou a prestação de cuidados de saúde mais especializados. Por último, a médica sublinhou que é fulcral saber lidar com o fracasso: «É preciso voltar atrás e começar de novo, assumir perante nós próprios, a família e os utentes que falhámos. Nunca se sabe tudo».
 

«Felizmente o nosso hospital tem evoluído bastante, com novas valências e consultas: estamos num contexto de grande tecnologia e inovação». Maria José Pedrosa terminou a sua intervenção com uma resenha histórica dos factos que marcaram o ano de 1995, a nível internacional, nacional e regional. Agradeceu aos colegas que a acompanham, aos aposentados e aos que completam 25 anos de serviço, e deixou a última mensagem para os mais novos: «Que deem pelos seus doentes o dobro do que lhes parece razoável. Mesmo assim será só metade daquilo que eles precisam».
 

O presidente eleito do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, valorizou a relação forte entre o instituto e o Centro Hospitalar de Leiria, referindo que «são as duas maiores instituições da região, com massa crítica e conhecimento, com capacidade de gerar mais conhecimento, inovação e investigação». O professor evidenciou a área da formação, onde a Escola Superior de Saúde tem um papel importante, e onde muitos dos profissionais do CHL se formaram e continuam a formar em pós-graduações ou mestrados, e não só na área da saúde. «Existe uma relação bidirecional para partilha de conhecimento, onde existe juventude, espírito inovador e equipas mais motivadas», salientou.
 

Rui Pedrosa evidenciou a área da investigação, onde foram dados passos decisivos através do Centro de Investigação do CHL, com vários projetos, muitos altamente competitivos, que estão a ser executados no CHL. O presidente eleito do Politécnico de Leiria falou da criação de um centro académico de saúde, que pode resultar na parceria forte com o CHL, e que será uma casa de formação, de investigação, com laboratórios de utilização comum para o desenvolvimento conjunto de mais projetos na área da saúde. 
 

Rui Pedrosa elencou ainda os desafios societais que necessitam de mais cuidados de qualidade: ter maior conhecimento transversal de um modo profilático, para intervir mais cedo; a prevenção e tratamento de doenças com elevado impacto (oncológicas, cardiovasculares, infeciosas e neurodegenerativas); e o envelhecimento da população. «Vamos colaborar cada vez mais para dar respostas aos desafios societais. A colaboração e a relação multidisciplinar são essenciais para encontrar soluções conjuntas».
 

Ana Esperança, vereadora da Câmara Municipal de Leiria, destacou a «qualidade e excelência do serviço que o CHL assegura. O nosso obrigado aos que tratam dos que acorrem aos vossos cuidados. Comemoramos as vitórias das equipas de profissionais que cuidam do nosso bem mais precioso: a saúde». A vereadora referiu ainda que «as instituições valem pelas pessoas que lhes dão vida», destacando o «trabalho incansável de Helder Roque, pelo seu forte entusiasmo e energia, que nos contagia a todos».
 

Nesta cerimónia, Licínio de Carvalho e Ana Esperança entregaram os presentes que assinalam a homenagem a 10 colaboradores que completaram 25 anos de serviço, e seis colaboradores que se aposentaram no último ano. 

23 de abril de 2018