Secretário de Estado Adjunto e da Saúde preside à cerimónia do Dia do HSA

«26 anos a ser Serviço Nacional de Saúde. Esta é a uma instituição com história e saber que tem crescido ao longo dos últimos anos»

 

«São 26 anos de vida, de história, de sangue, suor e lágrimas, de desafios, de dificuldades… 26 anos a ser Serviço Nacional de Saúde, um compromisso e uma responsabilidade que assumimos. Esta é uma instituição com história e saber que tem crescido ao longo dos últimos anos: em área geográfica de influência, abrange hoje mais de 400 mil habitantes, que cresceu em recursos humanos, em cuidados de saúde prestados e continua a crescer» salientou esta quinta-feira, dia 22 de abril, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, na cerimónia do Dia do Hospital de Santo André (HSA), unidade do Centro Hospitalar de Leiria (CHL). 

A visita teve início às 10h00, com a inauguração formal da ampliação da Unidade de Ambulatório de Gastrenterologia pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Helena Vasconcelos, diretora deste Serviço, explicou no que consistiu o projeto de expansão, que teve um investimento de cerca de 310 mil euros. «Estas obras permitiram-nos ter mais um gabinete de consultas, duas salas de técnicas, o alargamento do recobro para oito camas e da sala de espera, que tem agora 26 lugares sentados. Em 2019 fizemos 17 mil atos endoscópicos, 10 mil consultas e 600 doentes internados. Temos uma equipa muito jovem, que tem vontade de fazer muitas coisas novas, e é nosso plano para este serviço diferenciar, crescer, manter a atividade e o serviço. Queremos agradecer à Companhia Avícola do Centro o donativo, e a postura sempre humilde e colaborativa.» 

O Grupo CAC – Companhia Avícola do Centro fez um donativo de 120 mil euros, para a empreitada e aquisição de equipamento de disseção endoscópica da submucosa. Manuel Sobreiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo CAC, deixou algumas palavras sobre o apoio dado pela empresa. «O equipamento da Unidade de Gastrenterologia que inauguramos foi o primeiro que realizámos na área da saúde e também de montante mais elevado. Contem connosco nestas parcerias, que estão dentro do nosso ADN, e estaremos dispostos a abraçá-las sempre que seja possível».

A comitiva prosseguiu para a Unidade de Ambulatório de Pneumologia, para a inauguração da recente ampliação da Unidade pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Salvato Feijó, diretor deste Serviço, descreveu brevemente as alterações de expansão: o aumento do número de gabinetes médicos de dois para seis, os postos de hospital de dia de oito para 16, e os lugares sentados na sala de espera aumentaram de 16 para 40. O investimento foi de cerca de 223 mil euros, e contou com o donativo de 150 mil euros do Grupo Lusiaves, entidade a quem Salvato Feijó agradeceu.

«É uma honra estar aqui a inaugurar uma obra tão necessária, que veio no momento certo para ajudar a salvar a vida de muitos utentes», afirmou o comendador Avelino Gaspar, presidente do Conselho de Administração do Grupo Lusiaves. «Sempre ouvi dizer que quem ganha só para si, ganha muito pouco, e por isso está no ADN do Grupo Lusiaves distribuir pelas comunidades onde está inserido parte dos seus rendimentos, que advêm da venda dos seus produtos.»

A visita terminou no novo espaço de lazer junto à entrada principal do HSA, construído em homenagem aos colaboradores do CHL pelo trabalho realizado no contexto da pandemia por Covid-19. O arquiteto Humberto Dias explicou o conceito do projeto da sua autoria. «A ideia partiu de dois conceitos: a colmeia, como uma rede de relações e complementaridades que é análoga à forma como os colaboradores do CHL também operam; e a oliveira, como símbolo de resiliência (é uma árvore autóctone) e que demonstra bem este carácter de resiliência que está inscrito no ADN destes colaboradores. Foi esta a instalação que procurámos fazer, simbólica, mas também proporcionando um espaço que perdurasse no tempo e que lhes é dedicado, e justamente dedicado».
  
A cerimónia de celebração do Dia do Hospital de Santo André iniciou-se com as palavras do presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho. «As inaugurações da Unidade de Ambulatório de Gastrenterologia e da Unidade de Ambulatório de Pneumologia hoje sinalizadas são a prova de que é sempre possível fazer mais e melhor, e, para isso, todos estamos convocados, neste desiderato de fazer maior o CHL, proporcionando mais espaços, mais serviços, mais respostas, que viabilizem a melhoria do acesso dos nossos cidadãos aos serviços do centro hospitalar.»

Licínio de Carvalho agradeceu a disponibilidade e o apoio dos grupos empresariais Companhia Avícola do Centro e Lusiaves nas respetivas ampliações das Unidades de Ambulatório de Gastrenterologia e de Pneumologia. «Só nos pode deixar satisfeitos por tais ações indicarem que o CHL e os seus profissionais têm o reconhecimento da comunidade e podem contar com a mesma para a promoção das estruturas da nossa instituição.»

«Queremos acreditar que o ano 2020 foi o ano de viragem em que a pandemia só sublinhou a importância estratégica do CHL para esta vasta região que abrange de forma direta a população residente em oito concelhos…», continuou o presidente do CA do CHL. «Esperamos por isso que o ano de 2020 tenha sido o ano do começo de uma série de períodos anuais de investimento, de crescimento, de diferenciação a bem da população que nos cumpre servir.» Licínio de Carvalho, dirigindo-se a António Sales, mostrou a total disponibilidade para cumprir o compromisso do CHL, esperando continuar a ter uma linha aberta para que se possa promover o apoio adequado no SNS por parte do Governo.

«Termino com grande esperança no futuro do CHL, pois conheço os seus profissionais e sou testemunha direta do seu potencial. Este espaço onde nos encontramos não é mais de que um registo para memória futura do seu esforço e dedicação, empreendido incondicionalmente durante a pandemia, representando uma singela homenagem que o conselho de administração decidiu recentemente», rematou Licínio de Carvalho.

Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, deixou algumas palavras de reconhecimento público às duas empresas que apoiaram o CHL. «Quando assistimos a atos de responsabilidade social empresarial numa área tão importante como a saúde, sinto-me orgulhoso e extremamente feliz.»

O autarca deixou um testemunho sobre o que foi o trabalho do CHL e o reconhecimento de um conjunto de serviços. «Com tanta dificuldade, [a instituição] fez um trabalho muito meritório e a nossa região está mesmo de parabéns, e esses parabéns não é só de uma entidade, mas de uma equipa. Todos a contribuir para o espírito de missão para o sucesso, para alcançarmos resultados para a região. Empenhámo-nos todos para encontrar soluções e as soluções eram encontradas sempre em antecipação.»

A terminar a cerimónia, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde falou sobre o regresso à “sua” casa [CHL], e destacou que «depois de um ano tão difícil como aquele que vivemos e de um arranque de ano tão exigente, um dos mais exigentes para o Serviço Nacional de Saúde, este é um bálsamo de energia e de esperança para o futuro, onde sei que estamos mais fortes e mais unidos». António Sales sublinhou ainda que «mesmo durante os tempos desafiantes que temos vivido, este centro hospitalar procurou manter, sempre que possível, a atividade programada possível, nomeadamente em contexto de ambulatório, que permitiu uma redução da lista de espera para consulta.»

Sobre a obra de homenagem dos colaboradores do CHL, António Sales destacou que o memorial «grava as iniciais de todos aqueles que estiveram na linha da frente no combate à pandemia, mas não só; da importância daqueles que estando em atividades de suporte na retaguarda, permitiram que outros pudessem estar nessa linha da frente do combate à pandemia. Será um memorial que nos une e que nos permitirá recordar um momento difícil, mas também um período que nos deverá deixar orgulhosos. Um período onde tivemos que dar respostas, onde fizemos da crise um momento de superação e de resiliência, da dor, a solidariedade, da distância fizemos muitas vezes a união, e das dificuldades fizemos oportunidades para nos transformarmos. Para as gerações futuras, para que nunca esqueçam as lições que foram estes tempos, que relembrem estes dias difíceis como uma página virada».