Sobrinho Simões elogia a investigação realizada no CHL e defende o estudo clínico do doente
Cientista destaca a importância de implementar a investigação na prática clínica
«Vocês fazem um trabalho notável» foram as palavras de Manuel Sobrinho Simões para elogiar os profissionais de saúde pela investigação realizada no Centro Hospitalar de Leiria (CHL). «Aqui há lugar para a pessoa curiosa fazer as perguntas certas sobre o doente e investigar. Recomendo até que o CHL esteja afiliado a um centro académico clínico para o interesse de complementaridade de investigação e reforço de serviços», afirmou o orador da quinta sessão do ciclo de conferências do Centro de Investigação do CHL (CI/CHL), no dia 4 de outubro.
«Vocês fazem um trabalho notável» foram as palavras de Manuel Sobrinho Simões para elogiar os profissionais de saúde pela investigação realizada no Centro Hospitalar de Leiria (CHL). «Aqui há lugar para a pessoa curiosa fazer as perguntas certas sobre o doente e investigar. Recomendo até que o CHL esteja afiliado a um centro académico clínico para o interesse de complementaridade de investigação e reforço de serviços», afirmou o orador da quinta sessão do ciclo de conferências do Centro de Investigação do CHL (CI/CHL), no dia 4 de outubro.
Sobrinho Simões falou no auditório do Hospital de Santo André, em Leiria, a uma plateia cheia, sobre diferentes fases da evolução da medicina, começando pela medicina baseada na evidência, passando pela medicina personalizada e terminando com a medicina de precisão. «Hoje em dia temos um problema demográfico, novas doenças e a epidemia do cancro, e assistimos a uma alteração das organizações, bem como na relação entre o médico e o paciente. A maioria dos médicos preocupa-se em diagnosticar e curar, e poucos se preocupam em compreender».
O médico e professor portuense defendeu ainda que, «apesar de vivermos na medicina da era metagenómica, ainda não conseguimos prever o que vai acontecer, pois é importante não esquecer que as doenças são fruto da interação com os vários fatores externos e o próprio ambiente, e não condicionadas pelos genes».
“It’s time for one-person trials” foi uma das conclusões da apresentação de Sobrinho Simões. «É um pouco como regressar a uma medicina mais artesanal, em que cada doente é estudado, com base na sua patologia grave ou potencialmente muito grave», partilhou o cientista. «Claro que os ensaios clínicos são importantes, permitem que o profissional adquira boas práticas e contribui para o processo de benchmarking, mas não estimula intelectualmente».
João Morais, coordenador do CI/CHL, fez a abertura da palestra, indicando que o objetivo do centro é colocar a investigação na agenda. A Maria Guarino, membro do CI/CHL e docente na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, coube a missão de apresentar o orador convidado, a quem agradeceu «a excelência e a generosidade de estar aqui».
Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do CHL, dirigiu palavras de agradecimento a Sobrinho Simões: «É um privilégio nosso recebê-lo aqui no CHL. Queremos agradecer a disponibilidade em partilhar a sua sabedoria neste auditório, já pequeno para tantas pessoas que o vieram ouvir».
A próxima conferência do Centro de Investigação do CHL realiza-se no próximo dia 3 de novembro, com o tema “Registos clínicos – o mundo real da investigação médica”, com Lino Gonçalves, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Leiria, 7 de outubro de 2016
Leiria, 7 de outubro de 2016