Urgências do CHL condicionadas pelo combate à pandemia e afluxo anormal de utentes

O combate à pandemia, em que o Centro Hospitalar de Leiria continua na linha da frente (quinta-feira tinha internados 45 doentes com COVID-19 e esta sexta-feira tem internados 37 doentes, dos quais três ventilados), bem como uma anormal afluência às urgências, está a condicionar a capacidade de resposta deste serviço, com os utentes, especialmente os triados com pulseira verde e azul (não urgentes), a terem de esperar mais tempo do que normal para serem atendidos.
 
Acresce que há uma efetiva e conhecida situação de escassez de recursos humanos e em particular de pessoal médico, a que o Centro Hospitalar de Leiria é alheio, pois trata-se de um problema nacional de falta de profissionais, em especial fora dos grandes centros urbanos. Para que se constate a real situação, no concurso para médicos de várias especialidades que foi lançado em julho, para 36 vagas, até agora só foi possível ocupar 19 vagas. Decorrem ainda algumas avaliações, mas é certo que não vai ser possível colmatar uma grande parte das vagas abertas.
 
Assim, há que fazer uma ainda mais rigorosa gestão dos recursos existentes, pelo que se solicita:
1. Os utentes devem dirigir-se ao Serviço de Urgência apenas em casos mesmo urgentes.
 
2. No seu próprio interesse, os utentes devem adotar as medidas já divulgadas em situações anteriores, utilizando de forma correta as urgências hospitalares. Recorda-se que, em caso de doença, o primeiro contacto deverá ser para a Linha SNS 24 - 808 24 24 24, que disponibiliza aconselhamento e encaminhamento em situação de doença e medicação;
 
3. Os utentes devem recorrer aos Cuidados de Saúde Primários, dirigindo-se ao seu Centro de Saúde para serem assistidos pelo seu médico de família, ou pelo seu médico assistente, ou para serem observados na Consulta Aberta. 
 
Doentes não urgentes são quase metade
O Serviço de Urgência Geral do CHL continua a ter uma percentagem muito significativa de utentes não urgentes e doentes pouco urgentes (cerca de 40%) que nos procuram, o que dificulta a resposta efetiva aos doentes que necessitam de cuidados de saúde. A ida à Urgência sem indicação médica e em casos não urgentes propicia a acumulação de pessoas nos serviços, o que gera o aumento anormal dos tempos de espera.
 
O CHL foca sempre a sua ação nos seus utentes, procura ir ao encontro das suas necessidades e dar a resposta mais adequada, cumprindo rigorosamente a sua missão, o que tem merecido a confiança dos nossos doentes e reconhecimento de toda a nossa comunidade, pela dedicação e qualidade dos cuidados essenciais que presta. Relembra ainda que continua a trabalhar em todas as frentes, tendo aumentado no primeiro semestre deste ano a sua atividade assistencial, no que se refere às consultas externas e cirurgias.
 
No primeiro semestre de 2021, em comparação com o período homólogo de 2020, o CHL diminuiu a lista de espera para cirurgia em 13,4% e para primeira consulta em 5,9%, e aumentou em 23,8% o número de cirurgias e em 34,3% o número de consultas realizadas Face ao período pré-Covid, correspondente ao primeiro semestre de 2019, em 2021 verifica-se igualmente uma diminuição da lista de espera para cirurgia em 23%, estando a lista de espera para primeira consulta em linha com 2019, apenas com um ligeiro acréscimo de 0.6%. Comparativamente ao primeiro semestre de 2019, o CHL registou também um aumento em 14,4% do número de cirurgias e em 27,9% do número de consultas realizadas em 2021, em período homólogo.

 
10 de setembro de 2021.