Dia de Consciencialização do Stress
Dia de Consciencialização do Stress
Já considerado pela Organização Mundial de Saúde como um dos principais problemas do século XXI, o stress afeta de forma quase generalizada a população mundial, seja de forma direta ou indireta.
Já considerado pela Organização Mundial de Saúde como um dos principais problemas do século XXI, o stress afeta de forma quase generalizada a população mundial, seja de forma direta ou indireta.
No dia 3 de novembro assinala-se o Dia de Consciencialização do Stress, com o principal objetivo de alertar a população para as causas e consequências, muitas vezes silenciosas, que este fenómeno tem para a saúde física e psicológica.
Tal como acontece na maioria das situações relativas a contextos vivenciais, torna-se fundamental definir conceitos e distinguir o stress enquanto resposta ou reação natural aos acontecimentos, num contexto adaptativo, por vezes motivador de resposta, e o stress desadaptativo, difícil de gerir, e com impacto funcional nas atividades de vida. Não está em causa o conceito de “stress bom” e “stress mau”, mas sim a definição de gestão de stress, com objetivo de manutenção da nossa saúde física e mental.
Sempre que nas situações vivenciais existe uma ameaça, seja esta com base em algo real ou percecionado, podem desencadear-se reações fisiológicas, psicológicas ou comportamentais, e mecanismos de defesa do equilíbrio individual que refletem a necessidade de adaptação.
Para além dos fatores individuais, os fatores ambientais, relacionais, sociais e laborais são “gatilhos” que desencadeiam respostas mais ou menos adaptativas. Sempre que a resposta é desadequada, por defeito ou excesso, estamos perante uma reação ao stress que pode atingir vários níveis e, inclusive, passar por um processo patológico com necessidade de seguimento clínico.
As reações ao stress podem afetar de forma determinante a saúde física ou mental. São sinais de alerta os sintomas emocionais (agitação, irritabilidade, humor depressivo), físicos (dores de cabeça, tensão muscular, insónia, dores difusas, diminuição da líbido) e comportamentais (alterações no apetite, alterações na rotina de sono, isolamento social, procrastinação).
Naturalmente estamos “equipados” de ferramentas para gerir o stress, as chamadas estratégias de coping que “armazenam” o conhecimento das nossas experiências e nos ajudam na tomada de decisão. Sempre que estas não sejam suficientes devemos ter em mente o modelo dos 4 “A”: Avoid (evitamento), Alteração da situação, Adaptação e Aceitação e, de forma transversal a tudo na vida, reconhecer a importância da promoção de estilos de vida saudáveis do ponto de vista físico e mental — alimentação equilibrada, equilíbrio nas diversas esferas vivenciais, prática de desporto, atividades prazerosas, boa rotina de sono, gestão de rotinas e tempo, evitar consumo de substâncias prejudiciais como tabaco, álcool e outras drogas. Em suma, a promoção do autocuidado, da segurança pessoal e a busca pela felicidade.
Artigo elaborado por:
Joana Correia
Psicóloga Clínica e da Saúde
Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHL