Tristeza e ansiedade afetam cada vez mais pessoas

Apesar da comunicação social parecer relatar-nos o aumento de doenças psiquiátricas (como a Doença Bipolar e Esquizofrenia), na realidade isso não tem vindo a acontecer. Embora, enquanto comunidade, estejamos mais vigilantes para algumas doenças, e a sua sinalização aumente por esta razão, acreditamos que o que existe, de facto, é um franco aumento de problemas mentais. A tristeza, ansiedade e insónia causados por fatores de vida como o mau ambiente laboral, o stress das tarefas do dia-a-dia e a solidão afetam cada vez mais pessoas e são responsáveis por grande perda de funcionalidade.

Deparamo-nos com uma geração de jovens que tinha pena dos pais e avós pelas dificuldades que tinham passado. Geração que hoje é muito mais formada e que ganha, muitas vezes, aos 25 o que os pais não ganhavam aos 45, e aos 35 o que os pais ganharam a vida toda. No entanto, o objetivo final está cada vez mais longe; a meta cada vez mais distante.

Esta geração acredita que pode comprar saúde em embalagens e que uma hora de ginásio pode compensar todo o dano que inflige diariamente ao seu corpo; jovens que tomam café para ficarem acordados e comprimidos para dormir. Choram quando chegam a casa e perguntam-se se a vida mais calma e simples dos pais e avós faria mais sentido. Urge, mais do que nunca, a necessidade de responder à pergunta: o que é a felicidade?

Adaptado de www.happify.com

Ana Luísa Poças, interna de Formação Específica de Psiquiatria e Saúde Mental